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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Liminar proíbe intervenção na igreja São José em Timóteo

A pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Justiça deferiu liminar proibindo qualquer intervenção na igreja São José, localizada no Centro de Timóteo, que possa resultar em sua descaracterização. A liminar também determina que a paróquia São José de Acesita repare toda a rede elétrica do imóvel, no prazo de 30 dias, sob pena de interdição do prédio.

A igreja foi erguida em 1947, no início da industrialização no Vale do Aço e, por isso, está ligada à história de desenvolvimento do município e da Companhia Aços Especiais Itabira (Acesita), atual Aperam South America. O local foi o primeiro e principal templo religioso do centro da cidade. O imóvel foi incluído no Inventário de Proteção do Acervo Cultural do município em razão de seu reconhecido valor histórico e cultural.

Conforme divulgado em julho do ano passado, o pároco Pascifal José confirmou a pretensão de reformar o imóvel, sob a alegação de que o local recebe público superior a 1.500 pessoas nas celebrações religiosas e sua estrutura física não oferece segurança e conforto para abrigar todos os fiéis.

Diante de notícias sobre a existência de projeto de reforma do prédio, o MPMG, por meio da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural de Timóteo, instaurou Inquérito Civil para apurar o fato.

Argumentos
Conforme o promotor de Justiça, Kepler Cota Cavalcante Silva, apesar das razões invocadas pela comunidade paroquial, o imóvel ocupa lugar de destaque no processo de formação da cidade. E para eventual atendimento de eventos de maior porte e público, existe no município a Matriz de São José, também incluída no Inventário de Proteção do Acervo Cultural de Timóteo. “A pretendida reforma para ampliação do imóvel resultaria na descaracterização do prédio e prejuízo incalculável para a memória de milhares de timoteenses, não se revelando como a medida mais acertada para o patrimônio histórico e cultural do município”, defendeu o representante do Ministério Público.
Igreja foi erguida em 1947
Igreja hoje



Fonte: http://diariodoaco.com.br/noticias.aspx?cd=77916

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Adolescentes matam menor com 80 facadas em Timóteo

INFRATOR CONFESSO TEM APENAS 15 ANOS E DISSE QUE TENTOU ARRANCAR A CABEÇA DA VÍTIMA PISANDO EM UMA PÁ SOBRE O PESCOÇO

Plantão Policial

Aijalom foi brutalmente assassinado a golpes de pá e facas TIMÓTEO – A violência sem fim que assola o Vale do Aço levou um adolescente de 15 anos a ser morto com 80 facadas na madrugada desta sexta-feira (10) no distrito Industrial, em Timóteo. O corpo de Aijalom Marques da Silva, o “Jiló”, foi encontrado sobre a linha férrea que margeia a Avenida Emalto. A cabeça da vítima estava exatamente sobre o trilho por onde passa o trem. Aijalom segurava em sua mão esquerda uma camisa do Atlético, completamente ensanguentada. No local, ainda foi encontrada uma sacola plástica, uma faca e uma pá.

Durante rastreamento da polícia, averiguando a ocorrência de um furto a um caminhão de bebidas, a polícia encontrou os três adolescentes, suspeitos do crime. Porém, eles pensaram que a polícia já sabia da execução de Aijalom, momentos antes, e dois deles acabaram confessando o crime. Um dos menores, o de 15 anos, contou que Aijalom teria xingado a namorada e a mãe dele, além de ter lhe batido três vezes na cara.

Plantão Policial

Dois menores confessaram o crime, um terceiro confirmou a versão Detalhes
O menor infrator confesso, sem nenhum remorso, contou com requintes de detalhes como tudo ocorreu.  Ele disse que guardou uma pá e esperou o momento certo para dar o primeiro golpe na vítima. “Quando ele estava chegando perto do trilho do trem, eu peguei a pá, “sentei” na cabeça dele. Ele caiu e a gente encheu ele de facada. Ainda tentei arrancar a cabeça dele pisando com a pá em cima do pescoço. A cabeça não quis sair e coloquei em cima do trilho pra ver se o trem passava e arrancava a cabeça dele”, detalhou, acrescentando que queria colocar a cabeça de Aijalom no congelador como um troféu “Eu queria a cabeça dele de qualquer jeito, mas, não teve jeito. Eu ia voltar pra ver se o trem havia passado, mas, acabou que a polícia achou a gente”, diz.

Os adolescentes infratores disseram que, além da pá usaram, pelo menos cinco facas e que após a vítima já estar morta ainda voltaram varias vezes no local para ver se o trem havia passado, quando então desferiam mais facadas. O menor de 14 anos disse que pegou uma faca emprestada para ajudar a matar Aijalom. “Ele tava me devendo R$300 de maconha. Não me arrependo. Estou normal”, disse o menino.
A perícia da Polícia Civil constatou 29 facadas no rosto, 26 nas costas e nuca e 25 facadas no abdômen. A cabeça da vítima estava presa apenas por um pedaço de pele.


Furto
Após o crime, os dois adolescentes se juntaram a um terceiro menor para furtar um caminhão de bebidas. O menino acusado pelo furto de refrigerantes do veículo disse que, após o furto, foi beber refrigerante com os amigos, que lhes contaram como todo o assassinato de Aijalom ocorreu. “Disseram que ele (vítima) deu tapa na cara deles, estava devendo droga e fazendo guerra. Mataram na facada e ‘pazada’”, confirmou.